quarta-feira, 17 de julho de 2013

Valter Guerreiro



IMPURO NA PUREZA DAS TUAS MÃOS

Daqueles instantes de inocência absoluta e submersa
nas folhagens verdes do teu corpo lacustre e mudo
Daqueles luares velados que o teu ventre dispersa
no fundo de um espaço puro onde o sonho é tudo
Sou apenas a outra voz do silêncio

O silêncio de um sangue contaminado
Sem plátanos, sem luas
Que se resgata iluminado
Nas mãos que são as tuas!

Valter Guerreiro

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