segunda-feira, 24 de junho de 2013

(Airton Ventania)



Amorosa lua

Sonhei contigo, O´ terna musa.
Fulges no luar; limpo... airoso.
No brilhante semblante, virtuoso!
Trazes meu ensejo que te abusa.

Ameigas minh'alma; topo ao vento
Aferraste em meu beijo, teu aroma.
Amar-te-ei, por demais, O´portento
Primoroso; — sedento em soma!

Tenho os lírios, no cálice nu
... ("castanha") do cajueiro; – Caju
Amo-te olorosa neste mar!

No luar iroso, jaz tua rosa.
O´ sigilosa lua, alumias formosa.
Sobre as águas; — amoroso ternar!

(Airton Ventania)

Valter Guerreiro



DESVARIOS

É pelo meu grito que chamo
Antes que a mudez das bocas
Cale o dizer que te amo
E outras palavras loucas!

Valter Guerreiro

ZéReys - poeta do profundo.



Para eu ser teu sol

Não quero de novo esperar que me aceite os braços abertos.
Como se tivesse que me dar o teu abraço em desembargos.
Não quero fingir merecedor de afagos, ou de algum sorriso.
Quero tua alegria recíproca e feliz sem que haja de ser preciso!

Quero que a precisão seja do tempo, longânime alento.
Que quando te olhar o reflexo seja uma rosa se abrindo.
Quero ver no fundo de tua alma, o quanto o amor é lindo,
E quando me vir sorrindo, regozije-se solta, leve brisa caindo.

Quero que te sintas de minha ternura, toda a verdade sincera.
A espontaneidade vera, de se deixar abraçar confiante.
Que nunca busque atenuante de se proteger de mim.
Quero que jamais tenha medo de se dar, de se deixar levar...

Quero ser teu homem, a tua fortaleza, quero com a minha presteza
te dar a certeza de que possa amar e ser feliz. Que nada mais te influa!
Quero te ver feliz em viver por mim, como se os dias fossem sem fim.
Quero te olhar... Ver-me, e ser o teu espelho..., de lua!

ZéReys - poeta do profundo.

Fátima Porto



PEDE

Pede aos meus olhos
Para não te verem

Pede à minha mente
Para deixar de pensar em ti

Pede à minha imaginação
Para parar de sonhar contigo

Pede ao meu coração
Para deixar de bater

Pede tudo,
Mas não me impeças de te Amar…

Fátima Porto
Texto registado e protegido pelo IGAC

ZéReys – poeta do profundo.



Nesta definição
Quando eu te olho assim, embebido pelo teu místico olhar,
é como se eu degustasse uma pêra de gosto bem doce,
que do doce intrínseco,
tragasse o seu sabor por todos os meus poros...
Há algo de seu calor que acende minha aura,
um mel que cheira e adocica o choro do riso que minha alma ri.
Como se o regozijo que sinto de olhar para ti,
Fosse para mim, a coisa mais rica!

ZéReys – poeta do profundo.

Valter Guerreiro



DESENCONTROS

Felizes dos que se têm quando se buscam
Que tudo quanto tenho nunca foi meu
E se na ilusão de ser me procuro
Aquele que encontro nunca sou eu!

Valter Guerreiro