ODE À NOITE Vem como se quisesses fundir tudo sem sobrepor nada Traz-me tudo o que foi e tudo que é, e deixa o que será aos deuses e aos demónios da incerteza e da fortuna Mostra-me esse deslumbrante sopro cósmico, o primeiro E todos os registos astronómicos da seminal madrugada Em que o tempo e o espaço voaram pelo vazio inteiro para quê, sabe-se lá…! Noite não, fundo das noites mais antigas Vem noite primeira e traz-me a primeira verdade toda inteira Num canto único de todas as cantigas Até à última, a derradeira! Ó noite da noite germinal deixa-me sonhar E dá-me o som das vozes que não posso ouvir E a figura, impura e pura de todas as coisas onde não chega o meu olhar! Valter Guerreiro |
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Valter Guerreiro
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