OS DELÍRIOS DA PAIXÃO És absolutamente transcendente, única e fabulosa Ninguém é como tu, jamais alguém o foi ou o será Nem és deste mundo de tão etérea, de tão formosa Seres no meu peito, e no meu leito, e naquela rosa Que não está ali, nunca lá esteve e nunca estará Mas que eu invento no Olimpo do teu corpo Onde há as flores e os mundos que eu quiser E os mares, os ares e as fronteiras se dissipam Porque tu mais do que deusa, és a mulher Em que eu viajo até aos lugares onde ficam Os crepúsculos e os poentes que eu souber Imaginar nos silêncios que te levam p`ra tão longe E me levam p`ra tão perto do melhor que sei amar Levando-me p`ra tão longe, pr`a tão lá do horizonte Que nos crepúsculos há luz e nos poentes há mar De sereias, de duendes, de bacos e querubins Que vêm em caravelas e trazem sacos de estrelas P`ra incendiar o teu ventre entre plátanos e jasmins Em que me queimo e perfumo, me deito e nunca durmo Porque ao que vou é tão grande e tanto colho de ti Que no regresso nem sei quem era quando parti Eu regresso em granito e em nenúfares me deito De nenúfares sou feito e de granito me couraço Quando te abraço, no feminino, no masculino... E te beijo como homem, como menino... E em ti me sento... Como complemento, como suplemento... Porque te invento... A partir de mim... Tu não existes, Eu sou assim… Valter Guerreiro |
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Valter Guerreiro
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